13 de abril de 2010

Hérnia de Disco



Quem já teve uma nunca esquece! Quem já teve uma hérnia de disco sabe do que estou falando! A dor é muito intensa e os sintomas que a acompanha são bastante desconfortáveis.

Afinal o que é a hérnia de disco? É uma compressão do nervo ou da medula pelo disco intervertebral .

Entre as vértebras existem os discos intervertebrais, que são como “almofadinhas” para absorver o impacto de nossa coluna. Essas “almofadinhas” são compostas de anéis de cartilagem e um núcleo gelatinoso (núcleo pluposo) que possui a capacidade de reter e perder líquido. Os discos quando estão hidratados conseguem moldar-se aos movimentos que a coluna realiza, quando eles estão desidratados perdem essa capacidade e os anéis fibrosos são mais facilmente rompidos e o núcleo pulposo extravasa no canal medular.

A hérnia de disco pode ocorrer por algum problema que já existe há muitos anos, como uma má postura, e nunca é tratada, isso diminui a hidratação do disco em um determinado local que fica mais suscetível ao rompimento. Ou pode ocorrer por um problema súbito, como um impacto na coluna por um acidente de carro, isso desloca o disco e ele começa a comprimir os nervos ou a medula.

O nervo é muito sensível, assim quando ocorre o deslocamento do disco ou extravasamento do núcleo gelatinoso, ocorre um processo inflamatório no local que já começa a irritar o nervo e os primeiros sintomas aparecem. O primeiro sintoma que aparece é a diminuição da sensibilidade vibratória, que é capacidade do corpo de sentir a vibração, mas nem sempre esse sintoma é percebido. O sintoma mais perceptível é a dor que é muito intensa e não ocorre na coluna, mas sim no dermátomo correspondente do nervo que está sendo comprimido, ou seja, se o nervo comprimido é na cervical a dor normalmente será no braço, se o nervo comprimido é na lombar a dor normalmente será na perna. Associado a dor, pode ocorre diminuição de força em um membro, diminuição de sensibilidade no membro, diminuição do reflexo, parestesia ( que são sintomas como formigamento, queimação, dormência), podendo até ocorrer a perda de função de um membro ou o que se chama anestesia em sela que é a perda do controle da função urinária e fecal.

É sempre importante uma avaliação médica para obter o diagnostico correto de hérnia de disco e para obter a medicação correta. Perda de função em um membro ou anestesia em sela é indicação imediata de cirurgia. Quando isso não ocorre e só existem os sintomas como dor, diminuição de força, reflexo, sensibilidade e a parestesia é indicado tratamento conservador, ou seja, medicamentos e fisioterapia. Caso não ocorra NENHUMA melhora, a cirurgia é indicada.

E a fisioterapia é indicada sim desde a fase aguda. O tratamento inicial é analgesia, tirar a dor, para isso existe a HIDROTERAPIA, ACUPUNTURA, ELETROTERAPIA e MOBILIZAÇÃO NEURAL, que são excelentes para essa fase inicial.

Quando os sintomas já não são intensos, é extremamente importante iniciar um trabalho postural para reeducar a postura e reequilibrar a musculatura que pode ser o RPG, PILATES, ISO-STRETCHING.

Por Ana Angélica R. de Lima

4 de abril de 2010

Lombalgia


Lombalgia, algia significa DOR, portanto, dor na região lombar. A lombalgia pode apresentar inúmeras causas como: uma inflamação em ligamentos, músculos ou discos intervertebrais; artrose (isso ocorre nos ossos, no caso são as vértebras); processos infecciosos; tumor; e entre outros. Devido a isso é sempre importante investigar a origem da dor para sempre ter certeza da origem do problema.

Isso pode ser ocasionado por uma má postura; traumas (acidentes, movimentos súbitos principalmente com carga); doenças reumáticas; apresentar uma doença neurológica, neuromusculares e a lombalgia aparecer como um problema secundário; carregar peso constantemente sem que seu corpo esteja preparado para isso, ou seja, não tem força muscular necessária para determinada atividade; colchão não está adequado para seu corpo; o stress que contribui e muito para piora da dor; e outras mil causas.

Na grande maioria das vezes a dor na lombar esta muito relacionada a má postura que comumente esta relacionada ao quadril e coluna lombar. A coluna lombar apresenta uma curvatura NORMAL de lordose, que é uma convexidade anterior. Quando ocorrem os exageros são chamados de hiperlordose (essa curvatura está maior que o normal) e retificação (curvatura diminuída). A coluna lombar se articula com o finalzinho da coluna, as sacrococcígeas que se articulam com as cristas ilíacas que fazem parte do quadril. Todas essas estruturas apresentam movimentos pequenos, mas muito importante para um bom funcionamento. Um quadril móvel é fundamental para uma coluna lombar saudável, porque 70% do movimento de flexão de tronco ocorre no quadril o restante ocorre na lombar, seu o seu quadril não está móvel o suficiente, os movimentos ocorrem na lombar e lógico sobrecarregando as estruturas.

Quando estamos com dor, entramos do ciclo de dor: “...tenho dor por isso não me movimento, mas preciso me movimentar para por exemplo ir ao banheiro, sinto mais dor, travo meu corpo para que não ocorra movimento e assim vai, o ciclo não termina nunca. Como dizem os pacientes “estou travado”, nesse momento que a fisioterapia é fundamental porque nesse momento nossa função é quebrar esse ciclo de dor e dar movimento ao corpo novamente.

Muitas pessoas acreditam que só porque resolveu o problema da dor, está tudo bem novamente, mas não é verdade. Porque se a causa não for resolvida, sua dor volta e cada vez pior e com alterações na coluna mais sérias, como as famosas hérnias de disco, quem já teve uma nunca esquece!

É fundamental uma avaliação médica criteriosa para obter o diagnóstico correto e medicação adequada. O tratamento fisioterapeutico deve ser minucioso com: histórico, queixas do paciente, avaliação da lombar e quadril, avaliação postural e informações sobre hábitos diários (como sentar, como trabalha, como dorme...) para traçar um adequado tratamento. E ai vai a notícia boa, não espere que a sua dor na lombar seja um problema sério e precise de tratamento, um trabalho preventivo com atividade física adequada e bem orientada na grande maioria das vezes é suficiente!

Por Ana Angélica R. de Lima