31 de março de 2011

Cervicalgia

Cervicalgia significa dor na região da cervical, normalmente acomete a região posterior do pescoço e superior de ombros que a causa pode ser:

• Estresse;
• Má postura;
• Movimentos repetitivos em membros superiores, principalmente braços;
• Doenças prévias em ombros, muitos músculos do ombro e pescoço estão inteligados;
• Alteração postural (hipercifose torácica, anteriorização de cabeça, ombros enrolados são alterações posturais comumente encontradas em pessoas com cervicalgia);
• Problemas na Articulação Temporo-Mandibular (ATM);
• Problemas respiratórios;
• Traumas, por exemplo, lesão em chicote que normalmente acontecem em acidentes de carro;
• Tontura;
• Travesseiro muito alto ou muito baixo

No caso das hérnias de disco, a dor geralmente não é localizada no pescoço, mas nos membros superiores, podendo ou não estar associado a outros sintomas como parestesias (que são sensações como formigamento, dormência ou queimação), diminuição de força muscular, diminuição de sensibilidade. São sintomas que acometem os braços e mãos, mas o problema é na raiz do nervo que está na cervical, pois o disco intervertebral comprime o nervo que sai da coluna cervical (leia mais em HÉRNIA DE DISCO).

Além da dor, outros sintomas podem estar associados como a diminuição da amplitude de movimento da cervical (“não consigo olhar para trás quando estou dirigindo”), dor irradiada para os ombros ou escápula (dor perto da “assinha”), dor de cabeça ou enxaqueca e alguns pacientes chegam a sentir enjôo pela tensão muscular na região do pescoço.

A cervical é uma região delicada, por isso o primeiro passo é ir ao médico e obter um diagnóstico. Quando o paciente é indicado para fisioterapia o que acontece na grande maioria dos casos, o primeiro passo é a analgesia, ou seja, tirar a dor. Em alguns casos, como a tontura, é importante tratar esse outro problema associado.

Como minha experiência é com hidroterapia e reeducação postural, indico a hidroterapia principalmente em quadros agudos de dor ou grande limitação de movimento que sempre vejo excelentes resultados, e futuramente indico a reeducação postural. Nem sempre é possível realizar a hidroterapia, então também utilizo em minha prática clínica o ultra-som, alongamentos, trações... que é sempre muito positivo.

Após a diminuição da dor é fundamental tratar a causa, ou seja, reeducar a postura, tratar a ATM, a tontura, o ombro, seja qual for o problema primário.

20 de março de 2011

Escoliose - Parte 1

A escoliose é uma deformidade na coluna que ocorre uma inclinação e rotação da vértebra.


Ao exame de raio-X é possível diagnosticar a escoliose. No exame, são observadas os desvios na coluna em S ou em C assim, o médico ou fisioterapeuta realiza a medida de quantos graus estão esses desvios.



A escoliose pode ocorrer no feto, na infância, na adolescência ou mais raramente na vida adulta. Na infância e adolescência, a escoliose pode apresentar grande evolução porque, com os estirões de crescimento a escoliose também pode aumentar sendo necessário um acompanhamento mais freqüente e tratamento. Já na vida adulta normalmente não apresenta grande evolução.

Muitos pacientes que tem escoliose não sentem dor e a principal queixa são as assimetrias do corpo, por exemplo, um ombro mais alto que o outro ou uma mama mais proeminente. Sendo necessário questionar ao paciente quanto surgiu a escoliose e porque, se existe algum sintoma associado como dor, histórico familiar de escoliose e doenças associadas, por exemplo, a grande maioria dos pacientes com distrofias musculares tem escoliose que aparecem com a evolução da doença. A avaliação postural é importante para observar se a escoliose está afetando alguma outra parte do corpo ou se ela foi originada por ter uma perna maior que a outra, por exemplo.

O tratamento para escoliose pode ser conservador (fisioterapia, uso de colete e quando necessário medicamento) ou cirúrgico. O tratamento a ser selecionado depende dos graus da escoliose e evolução, portanto um acompanhamento criterioso deve ser realizado.

8 de março de 2011

Posição correta para dirigir

Um dia de chuva, seis horas da tarde, é sexta-feira na cidade de São Paulo! Uma dor na coluna para ajudar aquele final de tarde adorável...Quem mora em São Paulo sabe o que isso quer dizer, perder longas horas no transito que quase te levam a loucura!

O transito, não posso ajudar-lhes em nada, mas posso dar-lhes conselhos a respeito da posição em que você está dirigindo.

Errado:

Inversão da curvatura da lombar: A coluna lombar tem uma curvatura de lordose que quando um indivíduo está na posição sentada deve ser respeitada sentando-se nos ísquios (ossinhos que ficam entre a prega do glúteo e as pernas). Quando um indivíduo senta com uma inversão dessa curvatura, são geradas tensões nos discos intervertebrais e faceta articulares das vértebras (local onde as vértebras se articulam).

Dirigir com os joelhos em total extensão contribui para o aumento da tensão na lombar.

Correto:

Assento: não deve ser muito próximo e nem muito distante do volante, pois os joelhos devem sempre permanecer com uma leve semi-flexão.

Encosto: aproximadamente 100° de flexão e sempre sentar nos ísquios. Algumas pessoas têm a tendência a dirigir com um braço apoiado na janela ou com uma mão apoiada no cambio o que não é correto, pois é importante a coluna sempre estar reta.

Encosto para cabeça: ele é importante nos casos de uma batida de carro para evitar as lesões em chicote, que é o vai e vem da cabeça com a batida do carro, portanto deve ser utilizado nos bancos dianteiros e traseiros. A posição do encosto de cabeça deve ser na altura dos olhos.

Volante: atualmente, muitos carros tem regulagem para volante, ajuste-os em uma posição que os cotovelos fiquem com uma leve semi-flexão.

Quando estiver dirigindo, tenha sempre atenção na posição da cabeça para não ficar anteriorizada e os ombros elevados.